terça-feira, 13 de maio de 2014
sexta-feira, 9 de maio de 2014
segunda-feira, 5 de maio de 2014
domingo, 27 de abril de 2014
quarta-feira, 16 de abril de 2014
quarta-feira, 9 de abril de 2014
terça-feira, 8 de abril de 2014
sábado, 5 de abril de 2014
O Lamento do Príncipe Solitário
Ana
Lúcia não se cansava de ir à praça, em frente à igreja, para admirar a imensa
árvore que estava toda enfeitada à espera do Natal. Os olhos da jovem órfã
brilhavam de admiração diante de tanta magia e beleza. Ninguém parecia notá-la.
Certo dia, porém, ela foi alvo de risos, por parte das crianças, e de olhares
austeros e reprovadores, por parte dos adultos, quando gritou na praça lotada
de transeuntes: “Eu ouvi sinos, eu ouvi sinos tocando!” A partir desse dia,
ninguém mais a viu. Diz a lenda que ela se tornou a princesa dos duendes, e
vive até hoje na companhia de seu jovem e amado príncipe. Durante duzentos
longos anos, os duendes tocaram os sinos perto das árvores de Natal, na
esperança de que a princesa aparecesse. Mas nenhuma jovem parecia ouvi-los. Ana
Lúcia, no entanto, era especial, e o seu coração amoroso e sensível pôde ouvir
o lamento do príncipe solitário que os sininhos reverberavam.
Desenho de Ketlyn Mayla
História de Sisi Marques
sexta-feira, 4 de abril de 2014
quinta-feira, 3 de abril de 2014
sábado, 29 de março de 2014
quarta-feira, 26 de março de 2014
segunda-feira, 24 de março de 2014
quarta-feira, 19 de março de 2014
A Fadinha Contadora de Histórias
Era
uma vez uma fada que gostava muito dos humanos, e procurava orientá-los a
seguir a estrada que não lhes traria dissabores. Contudo, a gentil fadinha não
tinha permissão para interferir em suas vidas e, muito menos, revelar sua
verdadeira identidade. Ela teve uma ideia: sempre que visse pessoas reunidas,
ela se aproximaria para contar-lhes uma história e, no final, entregaria uma
rosa a cada uma delas. E a fadinha contadora de histórias passou a ser
convidada para participar de vários eventos. E, sempre, ao término de todos
eles, ela distribuía uma rosa para cada espectador. Certo dia, uma garotinha,
após receber sua rosa, perguntou à fada por que ela tinha esse hábito, e a fada
respondeu: “As rosas, que eu ofereço em número reduzido, geralmente mudam de mãos
e acabam chegando a um grande número de pessoas. Embora essa rosa seja sua, eu
tenho a certeza de que você já está pensando em ofertá-la a alguém que você
ama. Talvez a pessoa que a receba de suas mãos também sinta vontade de
entregá-la a outro alguém. E, assim, essa rosa alegrará os olhos e o coração de
muitas pessoas. O mesmo acontece com as histórias quando são recontadas. Os
ouvidos que os meus lábios não conseguirem alcançar receberão os ensinamentos
através de outros lábios amorosos.”
Desenho de Ketlyn Mayla
História de Sisi Marques
sexta-feira, 14 de março de 2014
As Crianças e a Bruxa Rosnilda
No coração da floresta encantada,
Existia uma bruxa sempre atarefada,
Que vivia a dizer: “Odeio crianças!”
Existia uma bruxa sempre atarefada,
Que vivia a dizer: “Odeio crianças!”
E a bruxa
ranzinza, enquanto dava voltas
Em torno de sua vassoura, resmungava:
“Odeio crianças! Elas parecem milho de pipoca:
Logo se aquecem e começam a pular!”
Em torno de sua vassoura, resmungava:
“Odeio crianças! Elas parecem milho de pipoca:
Logo se aquecem e começam a pular!”
E as crianças,
que interrompiam
Os afazeres da bruxa Rosnilda,
Gesticulavam, gritavam e riam
Quando ela começava a se descabelar.
Os afazeres da bruxa Rosnilda,
Gesticulavam, gritavam e riam
Quando ela começava a se descabelar.
E, para
irritá-la, cantavam:
“Odiamos a bruxa Rosnilda,
Que de tudo sempre reclama.
Odiamos a bruxa Rosnilda,
Porque ela não nos deixa brincar.
Somos crianças felizes e,
A vida dela, poderíamos alegrar.”
“Odiamos a bruxa Rosnilda,
Que de tudo sempre reclama.
Odiamos a bruxa Rosnilda,
Porque ela não nos deixa brincar.
Somos crianças felizes e,
A vida dela, poderíamos alegrar.”
Enxotando-as
com sua vassoura,
Rosnilda enrubescia e dizia:
“Xô, xô, crianças! Afastem-se de mim,
Porque de alegria eu não preciso.
Se não se forem, farei um feitiço
Que as transformará em anões de jardim.”
Rosnilda enrubescia e dizia:
“Xô, xô, crianças! Afastem-se de mim,
Porque de alegria eu não preciso.
Se não se forem, farei um feitiço
Que as transformará em anões de jardim.”
Desenho de Ketlyn Mayla
Poema de Sisi Marques
As Máscaras de Gerânio
Gerânio era um homem bem dissimulado.
Quem o conhecia, em sua palavra, não acreditava.
Mas quem ainda não havia provado do veneno
De seus disfarces; de sua falsidade, não escapava.
Mas quem ainda não havia provado do veneno
De seus disfarces; de sua falsidade, não escapava.
Gerânio
nascera para ser ator,
Mas o seu palco era a vida.
Ele tanto mentia que depois
Não se lembrava mais
Do que dissera.
Mas o seu palco era a vida.
Ele tanto mentia que depois
Não se lembrava mais
Do que dissera.
Mas isso não o
embaraçava,
Porque ele tornava a mentir.
Mas, certo dia, Gerânio
Mentiu para uma bruxa,
E ela o enfeitiçou.
Porque ele tornava a mentir.
Mas, certo dia, Gerânio
Mentiu para uma bruxa,
E ela o enfeitiçou.
Toda vez que
ele mentia,
A expressão que ele fazia,
Em máscara se transformava,
E, no chão, ela caía.
A expressão que ele fazia,
Em máscara se transformava,
E, no chão, ela caía.
Todo sem graça
por ter sido
Apanhado em sua mentira,
A máscara, ele recolhia
E, de fininho, ele saía.
Apanhado em sua mentira,
A máscara, ele recolhia
E, de fininho, ele saía.
Mas Gerânio
não tinha jeito
E, da situação, tirou proveito:
As máscaras para o carnaval,
Ele começou a vender.
E, da situação, tirou proveito:
As máscaras para o carnaval,
Ele começou a vender.
Esta história
parece mentira,
Mas a lojinha de Gerânio
Floresceu da noite para o dia.
Se você não acredita,
Eu posso levá-lo até lá.
Mas a lojinha de Gerânio
Floresceu da noite para o dia.
Se você não acredita,
Eu posso levá-lo até lá.
Desenho de Ketlyn Mayla
Poema de Sisi Marques
A Corujinha que não sabia ler
Era uma vez uma coruja... Ei, espere um momento...
Corujas são inteligentes, não são? Sim, mas essa coruja não parecia muito
esperta; pelos menos, não no início.
Juju era uma encantadora corujinha que não sabia
ler. Isso era um problema, porque havia cartazes por todos os lados na
floresta, e os animaizinhos consultavam Juju, para saber o que diziam aqueles
cartazes, e ela mentia. Sim, ela mentia descaradamente. Bem, talvez não
mentisse; apenas inventasse para não decepcionar os amigos. Afinal de contas,
corujas são ou não são inteligentes?
Felizmente, ninguém se prejudicou com suas mentiras.
E ela também, dependendo do lugar onde o cartaz havia sido colocado, tinha boa
intuição para imaginar o que ele dizia. Mas e se um dia a sua intuição
falhasse? E se um dia as suas mentiras levassem à perda de um animalzinho da
floresta? Não, isso não poderia acontecer; porque, se acontecesse, ela jamais
se perdoaria. Então, para evitar o pior, Juju resolveu aprender a ler. Mas
como?... Assistindo às aulas da escola da cidade. Do lado de fora, é claro,
mais precisamente, pousada no peitoril da janela. E as crianças, todos os dias,
deliciavam-se ao ver a corujinha com os olhos colados nas explicações da lousa.
Com o tempo, pararam de notá-la; mas Juju continuava ali, firme e interessada
em aprender.
A corujinha provou ser muito inteligente. Fez mais
do que aprender. Começou a lecionar e escreveu uma cartilha que apresentava
primeiro as letras do alfabeto; depois, relacionava cada letra a um serzinho da
floresta, para que todos pudessem memorizar as letras com mais facilidade.
Quando digo seres da floresta, naturalmente, também
estão incluídos os elfos, os gnomos, os duendes, as fadas e por que não a
curiosa bruxa? Todos quiseram aprender. E aprenderam. Depois de juntar as
letras para formar as palavras, começaram a juntar as palavras para formar as
frases. Mas a corujinha, ao perceber que os dizeres pareciam mortos,
acrescentou na cartilha um capítulo todinho sobre pontuação. Foi aí que tudo
ganhou vida e começou a fazer sentido.
Não demorou muito para que todos na floresta
começassem a se sentir mais tranquilos e seguros, porque agora conseguiam ler
os cartazes de avisos. E também, com o passar do tempo, sentiram-se até mais
felizes, porque começaram a registrar, através da escrita, as ideias e
histórias maravilhosas que lhes visitavam a imaginação.
E a corujinha Juju, além de se sentir aliviada por
não precisar mais mentir, viu o seu esforço recompensado; mais do que isso,
sentiu o coraçãozinho estremecer no peito ao receber um poema escrito, com todo
o amor, pelo Dr. Corujão.
F I M
quinta-feira, 13 de março de 2014
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